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Não é à toa que a ansiedade é considerada por muitos o mal do século. Afinal, o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) impacta negativamente todos os aspectos de vida do indivíduo e, além disso, exerce grande influência sobre nosso comportamento alimentar. E para entender a relação entre ansiedade e transtorno alimentar, primeiramente é necessário compreender melhor o que é cada um desses transtornos e suas características.

O que é ansiedade?

A ansiedade é uma reação do nosso organismo que nos estimula a entrar em ação e ficar em estado de alerta, por exemplo. Sendo assim, a ansiedade, por si só, não é automaticamente algo negativo. O grande problema é a intensidade dessa reação.

E como saber se a ansiedade “passou dos limites”? Basicamente, é necessário observar as circunstâncias e a intensidade da reação para saber se a ansiedade é patológica, ou seja, prejudicial ao nosso funcionamento psíquico (mental) e somático (corporal).

A ansiedade é um sentimento natural que surge quando vivenciamos situações de estresse, medo ou apreensão para nos deixar em alerta e preparados para enfrentar situações de risco. É, portanto, tão normal quanto a tristeza, a felicidade ou a irritação.

Mas, quando o quadro de preocupação é prolongado, intenso e/o incontrolável, muitas vezes surgindo sem que haja uma causa aparente ou justificável, ou mesmo de forma muita mais intensa do que o esperado para aquela situação, temos um distúrbio psiquiátrico, o transtorno de ansiedade generalizada, que atrapalha as atividades pessoais e profissionais.

O que é transtorno alimentar?

O transtorno alimentar também é um distúrbio psiquiátrico de caráter mental. Nesse tipo de transtorno, o paciente sofre uma perturbação no comportamento relacionado à alimentação, o que afeta de forma negativa a qualidade de vida, a saúde física e psicossocial.

Em geral, esse tipo de transtorno gera distorção da imagem corporal e comportamentos que levam a diminuição e/ou restrição da ingestão alimentar, comer descontroladamente, uso de laxantes ou diuréticos e provocação de vômito, por exemplo, com o objetivo de perder peso ou aliviar a culpa.

Em relação aos principais transtornos alimentares identificados, destacam-se a bulimia e a anorexia nervosas, o distúrbio de ruminação, o transtorno de compulsão alimentar, o transtorno de ingestão alimentar evitativa e o transtorno de ingestão alimentar restritiva.

E qual a relação entre ansiedade e transtorno alimentar?

A compulsão alimentar é um tipo de transtorno alimentar causado por um distúrbio químico, derivado de um desequilíbrio entre os mecanismos de fome e saciedade. A pessoa tem necessidade de comer mesmo sem apetite, e muitas das vezes come em excesso.

E qual a relação entre ansiedade e transtorno alimentar neste contexto? A verdade é que muitos transtornos alimentares são motivados pela ansiedade, como é o caso da compulsão alimentar, com o objetivo de “descontar” a sensação de preocupação na comida.

Da mesma forma, muitos pacientes com algum outro tipo de transtorno alimentar também podem desenvolver um quadro de ansiedade generalizada motivado, por exemplo, pelo intenso sofrimento que esse tipo de distúrbio também causa na saúde mental.

No tratamento da ansiedade associada a transtornos alimentares, ter o acompanhamento de psicólogos e nutricionistas é indispensável e faz toda a diferença na recuperação.

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