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O vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) circula entre os seres humanos desde o final do século XIX. Mas, apenas em 1981, quando uma doença misteriosa foi registrada nos EUA, é que a Aids ou SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) entrou no cenário.
A doença logo se espalhou pelos cinco continentes, infectou cerca de 300 mil pessoas e provocou uma epidemia mundial. Se no início a doença foi considerada uma sentença de morte e era associada a apenas alguns grupos populacionais, gerando muito preconceito, hoje em dia já é possível ter uma vida mais saudável e prevenir com efetividade a infecção.
E é justamente na luta pela conscientização sobre a doença que, em 2017, a partir da Lei nº 13.504/2017, o Dezembro Vermelho surgiu marcando uma grande mobilização nacional na luta contra o HIV, a Aids e outras IST, assim como chamando a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.
HIV é uma sigla em inglês que, em português, significa vírus da imunodeficiência humana. O vírus age atacando o sistema imunológico, que é responsável pela defesa do organismo, deixando a pessoa infectada suscetível a outros tipos de infecções (doenças oportunistas).
As células mais atingidas pelo vírus HIV são as células chamadas de linfócitos T CD4+: o vírus infecta o organismo, altera o DNA dessas células e produz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
O HIV é um retrovírus da subfamília dos Lentiviridae. Isso significa que possui período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, causando infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.
Assim como o vírus Varicela-Zoster causa a catapora, por exemplo, o HIV é um vírus e a Aids é a doença causada por ele. Ou seja, ter HIV e Aids NÃO é a mesma coisa e um paciente infectado pelo vírus do HIV nem sempre desenvolve a doença Aids.
O HIV ataca as células de defesa do corpo, o que deixa o organismo mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves, como tuberculose ou câncer. Neste contexto, Aids ou SIDA, em português, é a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, que ocorre em estágios mais avançados da infecção pelo vírus HIV.
Uma crença que persiste até os dias de hoje entre a população é que uma pessoa HIV positivo, ou seja, que possui o vírus HIV, também possui Aids (a doença). Mas isso não é verdade. É importante deixar claro que a Aids é uma fase do HIV e o paciente soropositivo pode passar anos sem apresentar comprometimento grave do seu sistema imunológico.
Logo quando surgiram os primeiros casos de Aids e a doença causou uma verdadeira pandemia, o diagnóstico era considerado uma sentença de morte. Afinal, não existiam estudos e tratamentos adequados para basear a conduta médica com os pacientes.
Hoje em dia, apesar de ainda não ter cura, graças às descobertas científicas e aos avanços farmacológicos, já é possível adotar estratégias mais eficazes tanto na prevenção da infecção do HIV quanto no tratamento da Aids.
Isso significa que muitos pacientes com diagnóstico de HIV positivo que fazem acompanhamento médico vivem anos sem desenvolver a Aids e seus sintomas.
O tratamento contra o HIV, a partir de medicamentos antirretrovirais que poupam o sistema imunológico do paciente, consiste em impedir que o vírus se replique dentro das células T CD4+ e evitar que a imunidade caia e a pessoa fique suscetível ao surgimento da Aids.
Em resumo, o grande objetivo do tratamento é manter o HIV sob controle o maior tempo possível. A adesão do paciente é fundamental: caso se esqueça de tomar os medicamentos, o vírus pode criar resistência e o controle fica mais difícil.
O tratamento impede a multiplicação do vírus, recupera as defesas do organismo e aumenta a qualidade de vida. Mas, embora exista tratamento, lembre-se que o vírus HIV e a Aids podem ser fatais. Isso significa que os esforços preventivos não devem parar.
A principal forma de transmissão do HIV é através da relação sexual desprotegida. Por essa razão, o uso de preservativo, masculino e feminino, ainda é a melhor arma na prevenção contra o HIV e a Aids. Mas, existem outras formas de transmissão que também merecem atenção redobrada.
No momento do parto ou durante a amamentação, existe a possibilidade de ocorrer a transmissão de mãe para bebê. O contato com o sangue da pessoa infectada também pode causar a infecção. Assim, é necessário que a gestante tenha um acompanhamento especial.
Para evitar a infecção pelo vírus HIV, é fundamental evitar o compartilhamento de seringas, muito comum entre pessoas que fazem uso de drogas. Acidentes de trabalho com profissionais da saúde que manuseiam material contaminado merecem atenção e é necessário investir na segurança dessas pessoas no ambiente de trabalho.
Atualmente, as transfusões de sangue seguem regras para doação e testagem do material, tornando raros os casos de transmissão de HIV. Beijar, abraçar, pegar na mão, ter contato com o suor, compartilhar sabonete ou talheres e entrar em piscina não transmite o HIV.
Utilizando camisinha em todas as relações sexuais, evitando o compartilhamento de seringas e o contato com sangue e materiais contaminados, tendo um bom acompanhamento pré-natal e testando o sangue doado antes da transfusão é possível prevenir o contágio e evitar o aumento nos números de casos de HIV e Aids.
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